terça-feira, 28 de abril de 2009

Três Caminhos

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No primeiro os pássaros cantavam
As flores exalavam perfume inebriante
As plantas mostravam um verde brilhante
E a luz do sol irradiava e refletia
Mas as harpias mataram os pássaros
Os bubalinos pisaram nas flores
Os gafanhotos comeram as palntas
E a luz do sol se encobriu por nuvens negras
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No segundo os pássaros também eram presas
As flores ainda eram vulneráveis
As plantas igualmente eram alimento
E a luz do sol ainda era incerta
Mas as harpias nem sempre sabiam caçar
Os bulinos nem sempre andavam em meio as flores
Os gafanhotos nem sempre estavam com fome
E as nuvens sempre se dissipavam
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No terceiro nunca se viu um pássaro
As flores nunca existiram, pois
As plantas nunca enraizaram
E a luz da lua iluminava imponente, pois era sempre noite
Mas as harpias já estavam à espera do primeiro pássaro
Os bulinos impacientemente, já aguardavam a primeira flor brotar
Os gafanhotos já estavam famintos esperando a primeira semente germinar
E as nuvens já encobriam até a luz da lua

Da fome dá sede...


Heloiana estava com muita fome e um pouco de sede. Fazia meses que não comia nada, e unicamente caminhava por entre o gramado, e bebia água de fontes que ocasionalmente surgiam aqui ou ali, naquele jardim. Em alguns momentos ela se desesperava, e em outros estava calma e paciente, mesmo depois de quase dois dias andando pelo matagal. Passava por frutas maduras e suculentas que se exibiam nas várias árvores, mas não as comia, satisfeita somente com a água da fonte. Porém chegou um momento, em que as as fontes, as cachoeiras e os rios não mais surgiram pela floresta, porém a chuva, essa sempre vinha pela tarde. Heloiana ficou agora com muita sede, foram tantas horas sem tomar nada que até a fome passou. E então ela teve frio por causa de uma chuva noturna que não parava. Ensopada, desesperada, e ofusacada pela luz do sol, procurava no meio da floresta uma fonte para matar sua sede incontrolável, uma sede que já durava cinco minutos. Ficou com medo e se abrigou do dilúvio debaixo de uma bananeira. Enquanto não parava a torrente, se distraiu diversas vezes pela água escorrendo por entre um cacho de bananas madurinho. Nem comida, nem água e nem esperança. Não via nada, ou preferia não ver. Quem sabe?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Inspiração

Os blogs, ao que (a)parecem, acontecem ao acaso...