quarta-feira, 24 de junho de 2009

My personal magoeitor

Poucas ações...
Muitas ações...
Egoísmo exagerado...
Altruísmo exagerado...
Poucas palavras...
Muitas palavras...
Possessividade exagerada...
Abandono exagerado...
.
Não adianta,
de uma forma
ou de outra,
ele SEMPRE consegue!

terça-feira, 23 de junho de 2009

A falta de um riso

Tu não ris.
Sorris,
e malmente.
.
Pois que tua essência,
meditativa,
delata-se no teu contemplar
muito concentrado,
mas ao mesmo tempo
tão disperso.
E que prediz a todos,
teus tresvarios mais profundos,
frutos da rendição da tua intelecção
a um mundo despretensioso
e dele ufanizada.
.
As tuas cogitações,
em letras ou imagens, não se materializam.
Justamente,
por afluir em ti,
a comunicação, porém
tolhida pelo teu calar
coagido pelo teu desacreditar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Tédio

Ele tem os olhos fixos, paralisados. A pele tem uma respiração própria, o suor tem o cheiro da inquietude. Freneticamente ele sacode as mãos, para, volta a sacudi-las baixa a cabeça. Agora o olhar é em todos os lugares que seu cérebro pode guardar algum tipo de distrair. Ele espera. Ora como se explodindo, ora com a paciência do resignado Jó, mas a espinha ereta como a de um samurai. Sua tez pulsando à excitação do porvir. Ele sente como se morresse a cada segundo que vai. Ele deseja como nunca o músculo bater em seu corpo como um ponto para ogum. Descansa os ombros. Quer sentir o leve. As pálpebras se dão ao cansaço:
.
- Não sei! Fiquei entendiado de repente!
.
O corpo inteiro cai pesado e desesperançoso. Mais um vez, a porta se fecha. Incredulidade, raiva e desconfiança. Depois de tantos dias de paz e guerra, de tantas horas e tantos momentos de torpor e esperança.
.
"Não sei! Fiquei entendiado de repente!"
.
Misturam-se os pensamentos latentes nos corpos correntes derramados na desertidão de cada compartimento. Água e terra, pedra e torrente. Medo, pesar, frustração, expectativas, desejos. Se esvaem as almas. Derramam-se no abandono, no esgotamento, na espera:
.
"Não sei! Fiquei entendiado de repente!" se repete na mente dele.
.
.
.
Raquel Leão & Ives Nelson

sexta-feira, 12 de junho de 2009

T como N

Um olho azul flutua na imensidão do céu rosado e
estrelas púrpuras e nuvens azuis com bolinhas amarelas
também acompanham o luar de um dia claro.

Sob a sombra de uma cerejeira,
um pequeno ser se põem a brincar
nos braços de um ser maior.

O mais alto atira o menor com toda força
para cima da copa das árvores,
e deixa que ele caia sonora e pesadamente no chão.

O pequenino morre a cada vez que se estatela no chão,
mas não demora muito, para que ele se levante,
e correndo se jogue sobre os braços do maior.

Os dois ficam nessa repetição o dia todo,
parece não ser cansativo e nem dorido.
E logo os dias viram semanas, e essas viram meses.

Três meses se passam, e eles continuam lá.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Sê paciencioso...

Queria eu, que a noite tivesse uma hora (que fosse) a mais.
E mesmo que a noite tivesse uma hora (que fosse) a mais,
Assim mesmo, eu ainda não teria um oi (que fosse) a mais.
Pois um simples ditongo,
É muito mais pesado que chegar em casa.
É muito mais difícil que tirar a roupa.
É muito mais ruim que tomar um banho.
É muito mais indesejável que deitar na cama.
E muito mais cansativo que fechar os olhos.

Agora,
Para acreditar na elegância da sua arrogância,
Na prepotência da sua "potência",
Na altivez da sua timidez,
Na meiguice da sua cafajestice,
Na mediocridade da sua humildade,
Eu preciso de muita,
Mas muita paciência.