sexta-feira, 12 de junho de 2009

T como N

Um olho azul flutua na imensidão do céu rosado e
estrelas púrpuras e nuvens azuis com bolinhas amarelas
também acompanham o luar de um dia claro.

Sob a sombra de uma cerejeira,
um pequeno ser se põem a brincar
nos braços de um ser maior.

O mais alto atira o menor com toda força
para cima da copa das árvores,
e deixa que ele caia sonora e pesadamente no chão.

O pequenino morre a cada vez que se estatela no chão,
mas não demora muito, para que ele se levante,
e correndo se jogue sobre os braços do maior.

Os dois ficam nessa repetição o dia todo,
parece não ser cansativo e nem dorido.
E logo os dias viram semanas, e essas viram meses.

Três meses se passam, e eles continuam lá.

2 comentários:

Jairo Borges disse...

Ótima Analogia! Será que somos uma Piada?? Acredito que não! Temos propósitos maiores que pular em copas de árvores, e a cada queda é uma lição aprendida! Abçs!

Eli Carlos Vieira disse...

O texto tem um "quê" de, sobretudo, mágico! Ou algo ainda de ritual ou até espetáculo!
Muito legal de ler, se perder e sentir-se em um universo com texturas bem particulares (acho que viajei nessa, né?).
Mas tive mesmo uma boa sensação lendo isso!

Abração e boa semana!