quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Máquina...



Gotas de suor salgado escorrem pelo braço e gotejam levemente uma roda dentada. Uma correia em plena fúria do movimento toca suavemente o pano do uniforme. Um pouco de graxa preta e gordurosa se esconde entre uma unha e um dedo. Um arranhão faz um detalhe diferente num capacete amarelo. Uma porca caída no chão se esconde embaixo de uma bancada. Um parafuso torto jogado de qualquer jeito no canto da mesa. Um guarda-chuva preto fechado encostado do lado de uma chapa de ferro. Uma janela de vidro toda engordurada e suja. Uma fita zebrada deplorável amarrada em um parapeito de ferro carcomido de ferrugem. É uma máquina! Máquina! Máquina! Máquina! Máquina! Máquina!

Um comentário:

Átila Goyaz disse...

Sempre me surpreendendo!